Porre de Carnaval
João encontrou alguns bons amigos na frente do clube bebendo cerveja. Ao lhe verem todos ficaram muito contentes e João foi até o mercado do outro lado da rua para também buscar a sua cerveja. Escolheu a cerveja no refrigerador e entrou na fila, que não era pequena, retirou o dinheiro da carteira, abriu a garrafa e começou a beber. Ao chegar a sua vez de ser atendido no caixa para pagar a cerveja, já havia bebido toda a garrafa. Olhou de longe os amigos – que do outro lado da rua falavam alto e ao lhe verem no caixa levantaram as mãos sorridentes e mostraram suas cervejas como que dizendo: vamos João, venha beber conosco – e falou para a atendente com o dinheiro na mão:
– Já volto. Vou buscar mais uma cerveja.
Deixou a garrafa vazia no balcão do caixa, liberou a fila e foi buscar outra cerveja. Para pagar, agora as duas cervejas, tentou passar direto no caixa, acreditando que por já ter percorrido a fila uma vez gozaria desta condição. Diante da indignação de uma senhora de setenta e poucos anos que também aguardava atendimento do caixa concordou em entrar novamente na fila, que não era pequena, retirou o dinheiro da carteira, abriu a garrafa e começou a beber. Ao chegar a sua vez de ser atendido no caixa para pagar a cerveja, já havia bebido toda a garrafa. Olhou de longe os amigos – que do outro lado da rua falavam alto e ao lhe verem no caixa levantaram as mãos sorridentes e mostraram suas cervejas como que dizendo: vamos João, venha beber conosco -, e falou para a atendente com o dinheiro na mão:
– Já volto. Vou buscar mais uma cerveja.
Deixou a garrafa vazia no balcão do caixa, liberou a fila e foi buscar outra cerveja. Para pagar, agora, as três cervejas, tentou passar direto no caixa, acreditando que por já ter percorrido a fila duas vezes gozaria desta condição, mas, diante da indignação de uma jovem arrogante que também aguardava atendimento do caixa, concordou em entrar novamente na fila, que não era pequena, retirou o dinheiro da carteira, abriu a garrafa e começou a beber. Ao chegar a sua vez de ser atendido no caixa para pagar a cerveja já havia bebido toda a garrafa. Olhou de longe os amigos – que do outro lado da rua falavam alto e ao lhe verem no caixa levantaram as mãos sorridentes e mostraram suas cervejas como que dizendo: vamos João, venha beber conosco -, e falou para a atendente com o dinheiro na mão:
– Já volto. Vou buscar mais uma cerveja.
Deixou a garrafa vazia no balcão do caixa, liberou a fila e foi buscar outra cerveja. Para pagar, agora as quatro cervejas, tentou passar direto no caixa, acreditando que por já ter percorrido a fila três vezes gozaria desta condição, mas, diante da indignação de um homem de meia idade muito afobado que também aguardava atendimento do caixa, concordou em entrar novamente na fila, que não era pequena, retirou o dinheiro da carteira, abriu a garrafa e começou a beber. Ao chegar a sua vez de ser atendido no caixa para pagar a cerveja já havia bebido toda a garrafa. Olhou de longe os amigos – que do outro lado da rua falavam alto e ao lhe verem no caixa levantaram as mãos sorridentes e mostraram suas cervejas como que dizendo: vamos João, venha beber conosco -, e falou para a atendente com o dinheiro na mão:
– Já volto. Vou buscar mais uma cerveja.
Deixou a garrafa vazia no balcão do caixa, liberou a fila e foi buscar outra cerveja. Para pagar, agora as cinco cervejas, tentou passar direto no caixa, acreditando que por já ter percorrido a fila quatro vezes gozaria desta condição, mas, diante da indignação de um menino mal educado e sua mãe que também aguardavam atendimento do caixa, concordou em entrar novamente na fila, que não era pequena, retirou o dinheiro da carteira, abriu a garrafa e começou a beber. Ao chegar a sua vez de ser atendido no caixa para pagar a cerveja já havia bebido toda a garrafa. Olhou de longe os amigos – que do outro lado da rua falavam alto e ao lhe verem no caixa levantaram as mãos sorridentes e mostraram suas cervejas como que dizendo: vamos João, venha beber conosco -, e falou para a atendente com o dinheiro na mão:
– Já volto. Vou buscar mais uma cerveja.
Deixou a garrafa vazia no balcão do caixa, liberou a fila e foi buscar outra cerveja. Para pagar, agora as seis cervejas, tentou passar direto no caixa, acreditando que por já ter percorrido a fila cinco vezes gozaria desta condição, mas, diante da indignação de uma mulher gostosa que também aguardava atendimento do caixa, concordou em entrar novamente na fila, que não era pequena, retirou o dinheiro da carteira, abriu a garrafa e começou a beber. Ao chegar a sua vez de ser atendido no caixa para pagar a cerveja já havia bebido toda a garrafa. Olhou de longe os amigos – que do outro lado da rua falavam alto e ao lhe verem no caixa levantaram as mãos sorridentes e mostraram suas cervejas como que dizendo: vamos João, venha beber conosco -, e falou para a atendente com o dinheiro na mão:
– Já volto. Vou buscar mais uma cerveja.
A cena se repetiu mais dezoito vezes.